Na segunda quinzena de outubro de 1717 teria passado pela vila de Guaratinguetá, em sua ida a Minas Gerais, o Conde de Assumar, Dom Pedro de Almeida, Governador de São Paulo. Dizem alguns historiadores que a câmara local programou um banquete em honra ao Conde de Assumar. "Para isso convocou aos pescadores e ordenou-lhes que presenteassem com todos os peixes que pudessem pescar para oferecer no banquete de Governador."
Os pescadores foram ao Rio Paraíba pescar. Entre eles, Domingos Martins Garcia,João Alves e Felipe Pedroso, de canoas. Começaram a lançar as redes no porto de José Correia Leites e foram rio acima, até o porto de Itaguaçú.
Foi uma longa distância percorrida, mas não pegaram nem um peixe. No porto, João Alves lançou a rede e pegou um corpo de uma imagem. Era o corpo da Virgem, mas sem a cabeça. Mais abaixo, lançou novamente a rede e pegou a cabeça da mesma imagem.
A pesca do corpo e da cabeça da mesma imagem tenha sido o primeiro “sinal” de algo de extraordinário para João Alves. Ele tomou os pedaços, corpo e cabeça da imagem, envolveu cuidadosamente em um pano e guardou.
Não haviam pescado nenhum peixe ainda e lançaram novamente a rede. Pescaram grande quantidade de peixes. Felipe Pedroso levou a imagem para sua casa, onde a conservou por seis anos aproximadamente. Depois, passando pela Ponte Alta, continuou com ela, na sua casa, por nove anos.
Passou a viver em Itaguacú onde deu a imagem a seu filho Atanásio Pedroso. Atanásio fez uma capela e, sobre um altar de paus, colocou a imagem da Virgem. Todos os sábados os vizinhos se reuniam para rezar o terço e outras devoções.
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